terça-feira, 15 de outubro de 2013

O mundo bipolar

Gostaria de enfatizar que a Guerra Fria não foi apenas uma guerra de ameaças entre a URSS e os EUA. Ela influenciou o mundo todo com sua ideologia e vários conflitos armados se travaram na África, Ásia e América.

Mundo após a Segunda Guerra:

Na Conferência de Ialta, em fevereiro de 1945, os grandes vencedores do conflito mundial, EUA e URSS, iniciaram o jogo da Guerra Fria.
Os movimentos dos dois adversários  para conquistar novos aliados e aumentar sua área de influência repercutiram nos principais acontecimentos dos 50 anos seguintes.

Economia capitalista
Em 1947  é lançada a Doutrina Truman: Propaganda de que a URSS era inimiga, chamada de Ofensiva anticomunista.
Anos de 1950 houve um radicalismo com o Marcatismo com perseguição implacável aos cidadãos liberais ou suspeitos de simpatizarem com o comunismo.

*Plano Marshal: Um programa de ajuda econômica dos EUA para a reconstrução dos paises europeus destruídos  pela guerra. O objetivo central era a hegemonia norte-americana e evitar a influência comunista.
Em 1949 os países do lado ociental se unem e formam a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com o objetivo de assegurar a defesa militar contra a ameaça  soviética.

Economia Socialista
1955: O Bloco socialista formam uma aliança militar: Pacto de Varsóvia, que durou até 1989. 
Essa rivalidade fez as superpotências acumularem uma vasto arsenal nuclear capaz de aniquilar o planeta.

Muro de Berlim
Estados Unidos e União Soviética dividiram a Alemanha em duas:
§República Democrática Alemã (RDA) do lado socialista
§Republica Federal da Alemanha (RFA) do lado norte-americano.§Construção do muro: 1961

Tinha 155 quilômetros de extensão, 302 torres de observação e 127 redes eletrificadas com alarmes.
Chamado por muitos como muro da vergonha.


INDÚSTRIA CULTURAL E ESPORTES

Cinema:
Meio de expressão utilizado como propaganda ideológica  do conflito Comunismo X Capitalismo durante a guerra fria. Os bens de consumo, os super-heróis e os líderes norte-americanos eram mostrados como símbolos do bem e da moralidade superior norte-americana.
Foram produzidas estórias em quadrinhos, desenhos animados e seriados  de TV explorando a oposição entre liberdade , representada pelo American way of life”, e a opressão representada pelo dirigismo estatal soviético.
A propaganda soviética denunciava problemas como a fome, a violência, a mortalidade infantil, apresentando-os como sinais da decadência burguesa.


O ENFRETAMENTO ESPORTIVO

A utilização do esporte para fins ideológicos foi uma das características da Guerra Fria.
As Olimpíadas sofriam os efeitos dos confrontos políticos entre EUA e URSS. Muitos atletas deixaram de competir nos jogos olímpicos devido a boicotes liderados pelas duas potências:
qMontreal, 1976: a URSS foi superior no quadro de medalhas – 125, para os EUA, 94.
qMoscou, 1980: os EUA e dezenas de aliados boicotaram as olimpíadas, em protesto contra a invasão soviética do Afeganistão (1979).
qLos Angeles, 1984: em represália aos EUA, pelo boicote de Moscou, pela invasão da Ilha de Granada, nas Antilhas e pela instalação de mísseis americanos na Europa, a URSS e países da Europa Oriental boicotaram os jogos.



Descolonização da África





Conferência de Bandung

Reunião de países africanos e asiáticos recém-independentes, para estabelecer os princípios do “não-alinhamento” = neutralidade em relação aos EUA e à URSS.
Objetivo impossível pois, a Conferência  deixou claro que além do conflito entre socialistas e capitalistas, havia também o conflito entre países ricos e pobres


Independência da África Subsaariana

Jomo Kenyatta (Quênia) defendia o PAN-AFRICANISMO, ou seja, a união negra contra os colonizadores.
O negro era: 
üvítima do preconceito racial;
üvítima do domínio colonial;
üvítima da exploração social.

Além da luta contra o imperialismo europeu, a independência africana era também a luta contra o racismo.

No processo de independência dos países  subsaarianos, forma mantidas as fronteiras estabelecidas pelas potências européias, o que em muitos casos , acabou mantendo populações com profundas diferenças étnicas  e culturais dentro das fronteiras de um mesmo Estado. 













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Independência da Indochina

Indochina (sudeste asiático) também era colônia francesa e, a partir do fim da 2ª Guerra Mundial, deu início a luta pela sua libertação, liderada por  Ho Chi Minh

1954: Fim da presença francesa na Indochina
Acordos de paz firmados  em Genebra, na Suíça, decidiram pela criação do Laos, no Camboja e a divisão do Vietnã em duas partes:
Norte, socialista
Sul, capitalista.

No Vietnã do Sul, o governo nomeado pelos EUA, não contemplava os interesses da população.
Forma-se  a Frente de Libertação do Vietnã do Sul, composta por revolucionários do Vietnã do  Norte, com ajuda  da URSS e da China (vietcongs), guerrilheiros comunistas, cujo objetivo era combater  a intervenção dos EUA e reunificar o Vietnã, sob a liderança socialista. 






Imagens da Guerra:






Indepêndencia da Índia

Até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o movimento nada conseguiu. A partir daí, passou a enfrentar uma Inglaterra enfraquecida economicamente e com dificuldades para manter seu extenso império, construído ao longo dos séculos 18 e 19. Por outro lado, a Índia estava marcada há cinco séculos pela divisão religiosa entre hindus e muçulmanos, grupos religiosos que criaram suas próprias organizações políticas em prol da independência.

"Mahatma" Gandhi
O grupo que se destacou foi o Partido do Congresso, que reunia os hindus. Contava com um líder extraordinário, o advogado Mohandas Gandhi, chamado de "Mahatma" ou "Grande Alma", nome que ele mesmo rejeitava. Gandhi pregava a resistência à dominação e a luta contra os britânicos por meio da não-violência e da desobediência civil, métodos que já havia empregado contra o Apartheid, na África do Sul, onde vivera.
A ação de Gandhi consistia em desobedecer as leis inglesas sem se importar em sofrer as consequências do ato, em boicotar os produtos ingleses, em fazer greves de fome para que hindus e muçulmanos deixassem de lado as divergências religiosas e se unissem em favor da causa comum: a independência. Sua figura acabou por conquistar admiradores no mundo todo, inclusive na Inglaterra e o gandhismo inspira até hoje os movimentos pacifistas.









Com a morte de Arafat, tem início um período de disputas pelo controle da ANP; em 2005, Mahmoud  Abbas, do Fatah venceu as eleições para a presidência da ANP e em 2006, o grupo fundamentalista islâmico Hamas, conseguiu vitória  nas eleições parlamentares.

A convivência dos dois grupos, em pouco tempo revelou-se violenta.
O presidente Abbas dissolveu o governo de união entre o Hamas e o Fatah, decretou estado de emergência. 
O Hamas assumiu o controle  da Faixa de Gaza e o Fatah manteve o domínio sobre a Cisjordânia.
O Hamas não aceita a existência de Israel. 












2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Essa publicação realmente é muito interessante, e ainda é possível observar algumas divergências entre esses países atualmente, como nas Olimpíadas, obrigado pela ajuda!

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