sexta-feira, 29 de março de 2013

Cangaço: uma guerra no sertão


Causas: miséria crônica da população nordestina, seca, má distribuição de terras, descaso do Estado e dos coronéis para com os mais pobres, violência.
Numa primeira fase do cangaço, os grupos armados eram sustentados por chefes políticos locais, que lhes davam casa, comida e muitas vezes um pequeno pedaço de terra em troca de proteção armada nas disputas políticas com os adversários. Num segundo momento, formaram-se bandos desvinculados do poder local.
Nascido por volta de 1898, no estado de Pernambuco, Virgulino Ferreira da Silva cresceu rodeado por disputas violentas entre famílias rivais. O próprio pai de Virgulino foi morto num desses conflitos. Disposto a vingar a morte do pai, Lampião e seus irmãos ingressaram no bando de Sinhô Pereira, conhecido em Pernambuco pelas atrocidades cometidas contra os inimigos. Seis anos depois, em 1922, Lampião assumiu a chefia do bando.
Atacavam cidades, cortavam os fios de telégrafos para impedir a comunicação com a polícia e saqueavam o comércio.
Pessoas eram torturadas e mortas por desobedecerem suas ordens ou por traírem a sua confiança.
Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e exterminados um a um. Eram os únicos que despertavam medo nos coronéis, justamente por não terem perspectiva de melhorar sua condição e portanto não precisar temer o desrespeito das leis vigentes.
Por volta de 1928, Lampião conheceu Maria Bonita, que deixa para trás casa e marido, e nos anos 30, o governo fechou o cerco contra o bando e Lampião se refugiou para Sergipe, de onde coordenava o grupo.
Em 1938, a polícia com auxílio de um comerciante amigo de Virgulino acha o esconderijo de Lampião e ele, Maria Bonita e mais comparsas são mortos e decapitados.
O Cangaço sobreviveu por mais dois anos, centrado na figura de Courisco.

 



 
 


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